O fotografo negro Roque Boa Morte vive em Salvador onde atua também como professor do ensino superior e advogado cultural.
Suas obras nascem de um processo de investigação artística e intelectual no campo da etnografia e antropologia visual, com base na perspectiva do 'saber localizado'. Uma busca por falar através da fotografia desde dentro, de um locus não-branco, eminente imaterial, entre o recôncavo e a capital da Bahia, (re)ativando memórias, cosmopercepções e produzindo contranarrativas visuais decoloniais no Brasil.
Sua série de fotografias de cunho autoetnográfico sobre o Bembé do Mercado (2018/2022), objeto de sua pesquisa de mestrado em estudos étnicos e africanos no Pós-Afro/UFBA, foi aprovada e financiada pela FAPESB, além de publicada em veículos de comunicação de circulação nacional como a Revista Raça e o jornal O Globo, além de internacional: no México, na ação editorial e artística “Meio Cura Festivalizar”.
Atualmente está em itinerância com o seu projeto autoral FIGAS, MÃOS ANCESTRAIS, que mergulha simbolicamente no universo do amuleto mais popular do ocidente a partir da sua diáspora transatlântica. Este trabalho foi selecionada e será exposto pelo 36• Salão de Artes Visuais do Estado da Bahia, após estreia em Salvador/BA (2021/2022 - Cronópios, Casa de Arte e Cultura) e passagem pelo Rio de Janeiro/RJ (2022 - Laboratório Criativo Rato Branko).
Carol Barreto
Artista Visual, Designer de Moda Autoral e Professora (UFBA)